sexta-feira, 2 de julho de 2010

BLOCO DE ESQUERDA - TACHOS


Mãe de Louçã, 79 anos, Assessora da Assembleia da República


(" FAZ O QUE EU DIGO, NÃO FAÇAS O QUE EU FAÇO ... ")

e) - FRANCISCO ANACLETO LOUÇÃ, de 49 anos de idade, portador do Bilhete de Identidade nº 4711887, emitido pelo Arquivo de Identificação de Lisboa em 6 de Abril de 1998, filho de António Seixas Louçã e de Noémia da Rocha Neves Anacleto Louçã, solteiro, professor universitário, natural de São Sebastião da Pedreira, Lisboa e residente na Avenida Duque de Loulé nº 105, 1º, Lisboa;
Despacho (extracto) n.º 5296/2010
Assembleia da República - Secretário-Geral
Nomeação da licenciada Noémia da Rocha Neves Anacleto Louçã para a categoria de assessora do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda

Confirma-se o que os velhos anarquistas diziam: "O poder corrompe e é arrogante".
Um político, para mais de uma esquerda radical e moralista, não pode ceder à tentação de arranjar um "tacho" para a mãe.
Caíu mais um esteio, que julgávamos inanomível, da ética política portuguesa!
Estou triste porque julgava Francisco Louçã imune ao nepotismo.
Nas próximas eleições voto em branco.


4 comentários:

Anónimo disse...

Bom dia.
Se se der ao trabalho de ler o decreto
http://dre.pt/pdf2sdip/2010/03/058000000/1480814808.pdf
, poderá constatar que a senhora não tem qualquer rendimento. E isso faz a diferença toda!
É a diferença entre os políticos que se aproveitam da sua posição para conseguir tachos, e os que lutam a sério pelos direitos dos cidadãos!

cc

Anónimo disse...

Pois é! É um privilégio ter um filho deputado. Quem não tem essa "alavanca", vive do rendimento mínimo, da pensão de viuvez. Além do mais, eu que também me subscrevo como anónimo, não acredito que a mãe do deputado não tenha rendimentos. A senhora nunca exerceu, durante a sua vida, qualquer profissão? Além do mais, ao que consta, além do marido ter sido militar, pertencia a uma família da elite nacional. Com tanto jovem licenciado desempregado, como é o meu caso, a contratação de um assessor passava despercebida, assim, contribui para o descrédito dos políticos.

Anónimo disse...

Não podemos acreditar em tudo o que nos chega à caixa de correio. A noticia que anda a circular é maldosa porque omite prepositadamente informação importante. Se ler a última linha do despacho constatará que a senhora foi nomeada para o cargo SEM QUALQUER REMUNERAÇÃO.

Despacho (extracto) n.º 5296/2010

Por despacho de 15 de Outubro de 2009 do presidente do Grupo
Parlamentar do Bloco de Esquerda:
Licenciada Noémia da Rocha Neves Anacleto Louçã — nomeada,
nos termos do n.º 6 do artigo 46.º da Lei de Organização e Funcionamento
dos Serviços da Assembleia da República, republicada pela Lei
n.º 28/2003, de 30 de Julho, para a categoria de assessora do Grupo
Parlamentar do Bloco de Esquerda, sem qualquer remuneração.

Anónimo disse...

Caro defensor anónimo do deputado Louçã, mesmo sem remuneração, as relações entre políticos e seus familiares são de evitar pois aparecem aos olhos dos eleitores como promíscuas. Deve ser o mérito e não laços de sangue a nomear os assessores dos políticos. João Soares nunca se livrou da fama de tráfico de armas e marfim pelo simples facto de ter apanhado boleia de um avião de Savimbi. Há suspeitas que os políticos devem evitar. Certamente que Louça poderia contar com a assessoria de sua mãe sem a nomear oficialmente e aos olhos da opinião pública tudo seria diferente. Assina um jovem licenciado no desemprego que também gostaria de ser assessor mesmo sem remuneração. MJ.