sexta-feira, 24 de setembro de 2010

SHIRIN EBADI A VOZ DO IRÃO


SHIRIN é Nobel da Paz desde 2003 e activista dos Direitos Humanos. Desde o ano passado que não pode voltar ao seu país, o Irão.
Para esta iraniana, a palavra é o instrumento mais poderoso para proteger as mulheres dos tiranos que governam em Teerão.
Foi a primeira mulher muçulmana a receber o prémio da academia sueca e a primeira mulher iraniana, juíza, a presidir a um tribunal, pouco antes da Revolução Islâmica, em 1979, durante o regime do Xá da Pérsia. Foi essa mesma revolução islâmica, de que foi discreta apoiante, que a traiu. Destituiu-a do cargo de juíza pelo simples facto de ser mulher e remeteu-a para um discreto lugar de secretária. Tornou-se, por isso, advogada, profunda conhecedora das leis islâmicas, para assim melhor defender as vítimas de um regime retrógrado e fundamentalista. Vai a tribunal defender mulheres, activistas políticos,, estudantes, crianças condenadas à morte ( as meninas, no Irão, podem ser condenadas à morte com 10 anos de idade e os rapazes com 16). Personalidade incómoda para o governo dos ayatollahs foi presa, perseguida até conseguir exilar-se. A irmã e o marido foram presos, torturados e obrigados a fazer declarações pouco abonatórias para Shirin.
Condenada à morte pelo regime, não pode voltar ao Irão. Desde 2009 que anda pelo mundo a denunciar a situação do Irão. Em Outubro visita Portugal.

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