segunda-feira, 8 de agosto de 2011

USA/EUA - STANDARD & POOR´S CORTE DO RATING

Standard & Poor’s admite possibilidade de segundo corte do rating dos EUA

07.08.2011 - 19:41 Por Susana Almeida Ribeiro,

Seria preciso mais consenso em Washington do que aquele que estamos a observar agora", indicou o director-geral da agência
(Jonathan Erns/Reuters)

A agência de notação financeira Standard & Poor´s advertiu hoje para a possibilidade de baixar novamente o rating dos Estados Unidos. Na sexta-feira, pela primeira vez na história do país, os EUA viram o seu rating cortado de triple A para AA+ por aquela agência de notação financeira.


O director-geral da agência, John Chambers, disse hoje em entrevista à cadeia de televisão ABC que a agência de notação financeira poderá fazer uma segunda redução da divida soberana dos Estados Unidos nos próximos seis a 24 meses se a situação fiscal do país piorar.

“Se a posição fiscal dos EUA se deteriorar ainda mais, ou se o impasse político se tornar mais cerrado, então isso poderá levar a um novo downgrade. As perspectivas indicam que a probabilidade de um novo downgrade é de cerca de um para três” nos próximos seis a 24 meses”, disse John Chambers à ABC.

O director-geral defendeu ainda que a posição da sua agência tem sido consistente: "Já dizemos há algum tempo que a trajectória financeira dos EUA está num mau caminho e que o impasse político em Washington faz-nos concluir que os políticos não têm a capacidade de, activamente, reerguerem as finanças. Dissemos isso em Abril, dissemos novamente isso em Julho e achamos que a nossa mensagem tem sido consistente e achamos também que os números falam por si".

Chambers explicou ainda que, para os Estados Unidos recuperarem o seu crédito, as autoridades devem tomar medidas para melhorar a estabilidade e procurar maior consenso político. "Seria preciso mais consenso em Washington do que aquele que estamos a observar agora", disse o responsável.

Jonh Chambers também lembrou que a comissão fiscal criada pela administração do Presidente Barack Obama em 2010, que incluía tanto republicanos como democratas, “fez recomendações prudentes” para reduzir a dívida nacional, incluindo um corte nos gastos.

“É uma pena que essas recomendações não tenham tido seguimento”, disse.

Hoje a agência de notação financeira Moody’s considerou “prematuro” um corte na notação dos Estados Unidos enquanto a Fitch pensa que ainda é preciso “reflectir”, disseram responsáveis das duas agências hoje citados pelo “The New York Times”.

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