segunda-feira, 29 de abril de 2013

ESPANHA - MARIANO RAJOY - A GOVERNAÇÃO DAS EUROPA ESTÁ ENTREGUE A POLÍTICOS CORRUPTOS

El País

Dirigentes do PP recebiam “salários duplos”

Marta Marques Silva
29/04/13 11:50

Os pormenores dos fundos recebidos por altos dirigentes do PP, incluindo o primeiro-ministro Mariano Rajoy, continuam a ser divulgados pela imprensa espanhola.
O escândalo estalou em meados de Fevereiro e levou os principais partidos da oposição a pedirem a demissão do governo, por alegadamente alguns dos seus altos membros terem recebido fundos desviados do partido, resultantes de donativos de empresas, que acumulavam com os salários de deputados.
O ‘El País' divulga hoje que esses pagamentos, que somam centenas de milhares de euros, eram realizados sob a denominação de "trabalhos extraordinários" e "despesas de representação". Mas apesar do carácter variável deste tipo de despesas, o valor dos pagamentos era fixo e distribuído por 14 meses, tal como um salário. Estes dirigentes - onde se incluem além de Mariano Rajoy (que terá recebido um total de 41.176 euros), também o ex-presidente do partido José Maria Aznar (178.793 euros), a actual ministra da Saúde, Ana Mato (136.364 euros ), ex-tesoureiros e ex-secretários gerais - acumulavam estes pagamentos com o salário de deputados.
Há dois meses, Mariano Rajoy começou por negar todas as acusações: "Como já disse as acusações que avançam contra mim são falsas, pelo que me encontro com a mesma gana, força e coragem que tinha quando cheguei à liderança do país para superar uma das situações mais difíceis que a Espanha enfrenta nos últimos anos", disse o primeiro-ministro".
Após ter apresentado a contabilidade oficial no parlamento, o PP diz agora não considerar estes pagamentos incompatíveis com o salário de deputados. Além das "despesas de representação", pagas em 14 prestações mensais fixas, estes dirigentes recebiam ainda despesas com viagens e comida. Perante a Autoridade Anticorrupção, Luis Bárcenas, ex-dirigente e ex-tesoureiro do PP, justificava no passado dia 6 de Fevereiro que estes "pagamentos extra", como lhes chamou, foram a forma encontrada pelo partido para remunerar os seus dirigentes, completando os seus salários de deputados.

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